Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra – Mia Couto
Mia Couto, escritor moçambicano, certamente é um dos maiores expoentes da literatura africana de língua portuguesa. O insólito é muito explorado em seus contos e romances, como em Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, lançado em 2002 e que já faz sucesso entre os leitores brasileiros.
O próprio título do livro já remete a uma idéia de extraordinário, uma vez que ele concede um substantivo abstrato como nome próprio ao elemento rio, e também um nome próprio concreto incomum ao elemento casa. Isso revela um simbolismo, muito presente também na literatura de Mia Couto.
Extraindo da cultura moçambicana elementos fundamentais à sua trama, Mia Couto constrói uma literatura fantástica e enigmática. O folclore e a história do país se misturam à aflição de uma estrutura familiar rompida, e a missão de Mariano, protagonista, é reconstruí-la, sem mesmo saber que está sendo manipulado, de uma maneira até cômica, a isso.
A linguagem empregada por Mia Couto em sua literatura, muito observada em Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, muitas vezes é comparada à linguagem utilizada por Guimarães Rosa em Grande Sertão: Veredas. A revista eletrônica Mafuá, conhecida no meio acadêmico, entrevistou Mia Couto exatamente sobre esse tema: a comparação feita entre sua obra e à de Guimarães Rosa.
O livro Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra certamente é leitura certa para quem quer conhecer outros tipos de realidade, como a literatura de Moçambique, além daqueles que adoram a literatura fantástica.
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Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra |
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A partir de: R$ 32,00 | ||||||||
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